Abaixo-assinado pede a revitalização da orla fluvial de Guarus e do Centro de Campos
A degradação do trecho urbano da orla fluvial de Campos, entre as pontes General Dutra (Hospital Ferreira Machado) e Saturnino Brito (Lapa), sem sendo foco de uma mobilização de moradores na Internet com um abaixo-assinado pedindo a revitalização do local. O perfil no Instagram Orla Paraíba que em menos de um mês reuniu mais de 1 mil pessoas, vem registrando uma série de denúncias sobre o descaso do governo com a manutenção do rio e do espaço público.
Entre elas estão as obras de recuperação do Cais da Lapa, anunciadas no início do ano com previsão de entrega para o início de junho. Até agora, porém, foi concluída apenas a pintura nas muretas. A ideia do governo é promover eventos culturais no local, além da construção de uma nova sede da Secretaria de Turismo – mas, em vez de obras, há um vazamento de esgoto no posto da Guarda Municipal.
Também já foram abordadas a derrubada de árvores pela Concessionária Águas do Paraíba, vazamento de esgoto, ausência de podas nas margens e despejo de entulho dentro do rio. Há, por exemplo, um levantamento feito pelo perfil que registrou 18 lixeiras na área central – nenhuma no “revitalizado” Cais da Lapa -, contra apenas uma em Guarus. Imagens antigas e recentes do Google Street View também demonstraram trechos há dois anos sem local adequado para despejo de lixo, além de crateras e guarda-corpos há cinco anos em processo de degradação – na simbólica Curva da Lapa, ponto histórico, turístico e cultural da cidade.
O movimento também usou Inteligência Artificial para gerar uma imagem mostrando como ficaria a orla reurbanizada. Parte do que foi gerado pela A.I. está no num abaixo-assinado AQUI que reúne uma série de sugestões de intervenções básicas ao prefeito de Campos, Wladimir Garotinho – como fechamento parcial das ruas para lazer nos fins de semana e feriados, recuperação do calçamento, iluminação, segurança e limpeza pública.
O perfil se define como um “movimento civil de valorização do patrimônio público”, e prefere se manter no anonimato para não contaminar o foco principal, que é a revitalização do espaço urbano. Mas há postagens também para mostrar o potencial e o lado lúdico da orla, com fotos da natureza, do cotidiano de frequentadores e a história de uma idosa que há 20 anos faz um trabalho voluntário de jardinagem nos canteiros de Guarus.