Presidente da Alerj chama prefeito do Rio de “vagabundo”

Presidente da Alerj chama prefeito do Rio de “vagabundo”

A afirmação do deputado estadual Rodrigo Bacellar foi uma resposta a uma declaração de Eduardo Paes sobre interferência do parlamento no Governo do Estado

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio
(Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), não gostou da afirmação do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), de que lideranças da Alerj interferem no governo do estado com “ameaças” e “extorsões”. O deputado estadual respondeu só prefeito o chamando de “vagabundo” durante sessão nesta quinta-feira (10), no parlamento fluminense.

“É muito grave um vagabundo chamado Eduardo Paes acusar o Parlamento de extorsão. Vai trabalhar que a eleição já passou. Não me confunda com Alexandre Ramagem, (candidato do PL derrotado por Paes na disputa oela Prefeitura do Rio) ou com ninguém. Respeite o Parlamento do estado do RJ, porque aqui ninguém faz extorsão, muito menos ameaça”, disparou Bacellar.

O presidente da Alerj foi além. Ele afirmou também que a Câmara Municipal é “puxadinho da prefeitura”. “Não confunda o seu presidente da Câmara, que é subserviente à vossa excelência, com a minha pessoa, que não é subserviente a ninguém”.

“Nunca pedi para encontrar com esse cidadão. Não gosto desse tipo de graça, dessa palhaçada”, continuou Bacellar que desafiou Paes afirmou. Ele chamou Paes para um debate na praça 15, ponto central da capital fluminense “para todo mundo ver”.

Bacellar afirmou que Paes está “se achando”, após o resultado das eleições do último domingo (6), quando o prefeito do Rio foi reeleito em primeiro turno com 60,47% dos votos. Ele ainda relembrou momentos em que o prefeito esteve em desavenças com o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Meteu a porrada no PT, meteu a porrada em Lula”.

O que disse o prefeito do Rio

“Eu acho que dá para ele [Cláudio Castro] governar com uma parte da oposição, para não se juntar a ameaças, extorsões, seja lá o que ele sofre que gera essa relação dele de tanto temor. Ele é governador pelos próximos dois anos, e não podemos deixar o estado ser destruído” afirmou Eduardo Paes ao jornal O Globo, em entrevista publicada na última quarta-feira (9).