Atriz Aracy Balabanian morre aos 83 anos no Rio
A atriz Aracy Balabanian, de 83 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (07). A veterana estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A artista havia sido diagnosticada com câncer de pulmão no final do ano passado. Uma das últimas aparições da atriz foi no dia 16 de julho, quando visitou Luca, filho de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello, que havia nascido há pouco tempo.
“A Clínica São Vicente lamenta a morte da paciente Aracy Balabanian na manhã desta segunda-feira (07) e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”, informou o hospital.
-Carreira
Filha de imigrantes armênios, Aracy Balabanian nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 22 de fevereiro de 1940. A veterana sempre se interessou por teatro e participou de espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), entre eles, “Os Ossos do Barão”, de Jorge Andrade, em 1963. Ela também integrou o elenco da primeira montagem no Brasil do musical “Hair”, em 1969, dirigido por Ademar Guerra.
Em 1965, Aracy começou sua carreira na televisão. Ao todo, a artista participou de mais de 30 novelas. Seus maiores sucessos são a Dona Armênia, de “Rainha da Sucata”, e a Cassandra, do humorístico “Sai de Baixo”. O primeiro folhetim foi “Marcados pelo Amor” (1965), de Walther Negrão, na TV Record. Em seguida, na Tupi, participou de “Um Rosto Perdido” (1966), de Walter George Durst, e “Antônio Maria” (1968), de Eloy Santos, um grande sucesso na qual foi o par romântico do ator Sérgio Cardoso.
A estreia na Globo aconteceu em 1972, em “O Primeiro Amor”. Em 1973, trabalhou no programa infantil “Vila Sésamo”. Na década de 70, a artista também atuou em novelas como “Bravo!” (1975), de Gilberto Braga e Janete Claire, “O Casarão” (1976), de Lauro César Muniz.
Em “Coração Alado” (1980), de Janete Clair, começou a trabalhar o humor a partir da desbocada trocadora de ônibus Maria-Faz-Favor. Depois, esteve em “Elas por Elas” (1982), de Cassiano Gabus Mendes. Atuou ainda nas novelas “Guerra dos Sexos” (1983), de Silvio de Abreu; “Transas e Caretas” (1984), de Lauro César Muniz; e “Ti-Ti-Ti” (1985), de Cassiano Gabus Mendes.
Entre 1986 e 1988 atuou em duas novelas na Manchete: “Mania de Querer” (1986), de Sylvan Paezzo, e “Helena” (1987), adaptada do romance de Machado de Assis por Mário Prata. Em 1989 voltou à TV Globo e viveu a misteriosa Maria Fromet de “Que Rei Sou Eu?”, de Cassiano Gabus Mendes.
Foi em 1990 que ganhou uma de suas personagens mais conhecidas, a dona Armênia, de “Rainha da Sucata”, uma mãe superprotetora de três filhos à qual emprestou o sotaque e alguns costumes de seu povo de origem. A personagem fez tanto sucesso que o autor Silvio de Abreu convidou a atriz e os atores que interpretavam seus filhos (Marcelo Novaes, Jandir Ferrari e Gérson Brenner) para viverem os mesmos personagens em “Deus nos Acuda” (1992).
Aracy também atuou, em 1995, em “A Próxima Vítima”, de Silvio de Abreu, em que viveu a personagem Filomena Ferreto, uma matriarca possessiva e autoritária. Em 1996, Aracy realizou um dos trabalhos que costumava citar entre os mais queridos, o humorístico “Sai de Baixo”. Na atração, ela vivia a socialite decadente Cassandra. “Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator: teatro e televisão, ao mesmo tempo. Só que era um espetáculo ensaiado em uma tarde”, disse a atriz durante uma entrevista.
O programa, exibido no domingo à noite, era gravado ao vivo em um teatro com plateia. “Sai de Baixo” também era estrelado por Luis Gustavo, Miguel Falabella, Marisa Orth, Cláudia Gimenez e Tom Cavalcante, e teve seis temporadas, chegando ao fim em março de 2002.
Entre outras novelas, ela também participou de “Da Cor do Pecado” (2004), “Passione” (2010), “Cheias de Charme” (2012), “Geração Brasil” (2014). A artista teve que se afastar das gravações desta última por um mês por conta de uma inflamação respiratória. Ela também esteve em “Sol Nascente” (2016) e “Pega Pega” (2017).
Fonte: O Dia. Foto: Divulgação/Globo.