Saúde de Campos já registrou mais de 2,9 mil casos de dengue
Chikungunya também assusta
A Prefeitura de Campos, através da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou atualização dos casos de dengue e outras arboviroses registrados até a 10ª Semana Epidemiológica, que compreende os meses de janeiro, fevereiro e de 1º a 9 de março. De acordo com a base de dados monitorados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, foram registrados 2.935 casos de dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Já chikungunya foram 90 casos. Não há registro de zika.
Na estratificação mensal, os casos de dengue ficaram assim: em janeiro foram 785; fevereiro 1.878 e, em março, até o momento, 272. Para chikungunya foram 45 casos em janeiro, 42 em fevereiro e 3 em março.
Campos decretou epidemia no dia 1º de março em virtude do aumento contínuo do número de notificações das doenças. A partir do decreto, foram estabelecidas novas medidas de enfrentamento e combate à patologia, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Em janeiro, a secretaria já havia descentralizado o atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de dengue, devido ao aumento considerável no número de casos, que vem ocorrendo desde dezembro de 2023. O objetivo é fornecer assistência mais rápida e dinâmica, além de aumentar o conforto da população.
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, os pacientes podem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua região caso apresentem sintomas. “Pessoas com febre repentina, usualmente entre dois e sete dias de duração; dores no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça; náuseas e vômitos, para que recebam as primeiras orientações. Já as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) estão preparadas para atender pacientes com essa sintomatologia e, caso haja persistência dos vômitos e aparecimento de petéquias (pintinhas avermelhadas pelo corpo), prova do laço positiva, leucopenia ou que tenham doenças crônicas pré-existentes, a fim de iniciar a hidratação venosa e coleta de exames, se necessário” informou o médico.
Os casos potencialmente graves, cujos sintomas são: dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); hipotensão postural e/ou lipotimia; hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal; sangramento de mucosa; letargia e/ou irritabilidade; aumento progressivo do hematócrito; diminuição da diurese; desconforto respiratório e queda abrupta das plaquetas, serão encaminhados para internação, sejam nas unidades de urgência e emergência ou no Centro de Referência da Dengue (CRD).
“A nossa previsão é a de que esse número continue aumentando de forma significativa. Diante disso, estamos orientando a população a procurar uma UBS ou Unidade Pré-Hospitalar mais perto de sua residência. Caso tenha como única opção uma UBS, vá até a unidade, onde receberá os primeiros atendimentos e orientações iniciais”, orientou Rodrigo Carneiro.