Resultado do PIB no segundo trimestre evidencia desafios estruturais, analisa Firjan

Resultado do PIB no segundo trimestre evidencia desafios estruturais, analisa Firjan

O elevado patamar da taxa de juros afetou segmentos industriais estratégicos mais sensíveis às condições de crédito: a indústria de transformação e a construção, que registraram quedas de 0,5% e 0,2%

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) ressalta que o resultado da economia brasileira no segundo trimestre evidencia os desafios estruturais para o crescimento econômico brasileiro, que permanecem sem solução. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,4% no período, impulsionado por Serviços (+0,6%) e Indústria (+0,5%).

Dentro da indústria, o único crescimento veio do ramo extrativo (+5,4%). Em contrapartida, o elevado patamar da taxa de juros afetou segmentos industriais estratégicos mais sensíveis às condições de crédito: a indústria de transformação e a construção, que registraram quedas de 0,5% e 0,2%, respectivamente.

Os resultados mostram que, após um início de ano marcado por forte crescimento, a economia brasileira perdeu fôlego, em razão da dissipação dos efeitos da supersafra.

Além disso, a taxa de investimento no Brasil, que alcançou 17% do PIB, está abaixo da média observada em países emergentes (32%). Também é importante pontuar que o ambiente externo adverso aumenta as incertezas e dificulta as decisões de investimento.

Diante desse cenário, a Firjan considera urgente a adoção de uma política fiscal que permita a redução sustentável dos juros, estimule os investimentos e coloque a economia brasileira em uma trajetória de crescimento duradouro. O caminho para o equilíbrio fiscal é longo, mas o primeiro passo nesse sentido é o cumprimento efetivo da meta fiscal estabelecida.