Prefeitura de Campos para se LOA não for votada em 10 dias, diz Governo

Prefeitura de Campos para se LOA não for votada em 10 dias, diz Governo

Administração municipal descarta participação em audiências públicas na Câmara

A Secretaria de Transparência e Controle de Campos protocolou, na segunda-feira (8), um ofício na Câmara dos Vereadores informando que, se a Lei Orçamentária Anual (LOA) não for votada, aprovada e sancionada nos próximos 10 dias, a administração municipal irá paralisar por completo, impedindo que a gestão cumpra suas obrigações com funcionários, fornecedores e instituições já a partir deste mês. A informação foi postada nesta terça-feira (9) no portal da Prefeitura de Campos.

O Secretário de Transparência e Controle, Rodrigo Resende, explicou que toda despesa pública deve ser precedida de empenho, que, por sua vez, pressupõe orçamento disponível e aprovado pelo Legislativo. “Por essa razão, o Projeto de Lei precisa ser votado pela Câmara e sancionado pelo Executivo nos próximos dias, para que os compromissos do mês de janeiro sejam cumpridos em sua plenitude”, afirmou ele.

No documento enviado à Câmara, a Secretaria lembrou que, antecedendo a votação da LOA, foi realizada audiência pública em 27 de dezembro de 2023, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com a participação de 16 vereadores, “porque o Legislativo negou a disponibilidade do plenário da Casa de Leis para a reunião”.

“A votação da LOA é essencial e urgente, já que o município precisa continuar avançando. Como 2023 já acabou, todas as despesas da Prefeitura para 2024 ficarão engessadas, até que o projeto seja votado”, disse Rodrigo, lembrando que o governo municipal cumpriu com seu papel ao encaminhar a LOA para a Câmara em 30 de agosto, quatro meses antes do final de 2023.

Segundo do Rodrigo, a LOA foi enviada dentro do prazo legal, mas somente na sessão do último dia 3, quase cinco meses depois, a Câmara decidiu realizar audiências públicas fracionadas nos dias 10, 17, 24 e 31 de janeiro, com a última agendada para 17 de fevereiro.

“O fracionamento de novas audiências caracteriza atitude protelatória, que irá causar dano sem medida a toda sociedade campista, ao passo que o Poder Executivo ficará impedido de executar qualquer repasse ou pagamento de verba pública”. A Câmara foi informada que a Prefeitura não vai participar de nenhuma das audiências públicas marcadas pelo Legislativo.

A LOA é lei que define como o dinheiro público do município será distribuído ao longo do ano para atender às necessidades da população. Ela prevê, por exemplo, qual o valor e como ele será investido em saúde, educação, obras, pagamento de servidores, repasse a instituições filantrópicas, dentre outros serviços.