Duas espécies são avistada pela primeira vez em São João da Barra em programa do Inea

Duas espécies são avistada pela primeira vez em São João da Barra em programa do Inea

Nova edição do Vem Passarinhar fortaleceu a observação de aves e parceria conservacionista no Norte Fluminense

Em parceria com o Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG), unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Caruara sediou uma edição do “Vem Passarinhar” no último final de semana, sábado (6) e domingo (7). Durante os dois dias, 26 participantes exploraram as belezas da restinga e da Lagoa de Iquipari, em São João da Barra, no Norte do Estado, resultando no avistamento de 82 espécies de aves, com destaque para registros novos e a redescoberta de espécies raras na área, como o Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) e Socoí-amarelo (Ixobrychus involucris).

“Essa edição do Vem Passarinhar demonstra que é possível conciliar a proteção de Reserva Particular do Patrimônio Natural com a visitação responsável, gerando conhecimento e garantindo uma experiência segura” ressalta o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Entre as 82 espécies registradas, destacaram-se os primeiros avistamentos na reserva do Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) e do Socoí-amarelo (Ixobrychus involucris).

Outro momento significativo foi a observação da Mexeriqueira (Vanellus cayanus), ave que, desde 2023, tem sido avistada exclusivamente às margens da Lagoa de Iquipari, constituindo o único local conhecido de ocorrência dela em todo o estado do Rio de Janeiro.

Por meio da iniciativa Vem Passarinhar, o Inea fomenta a educação ambiental, o turismo de base comunitária e a valorização do patrimônio natural fluminense. A parceria entre a RPPN Reserva Caruara e o Parque Estadual da Lagoa do Açu continua sendo um eixo importante para a conservação integrada no Norte Fluminense, com o apoio de patrocinadores como a Vast.

Sobre o parque

Com 8.249,12 hectares, o Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange partes dos municípios de Campos e de São João da Barra, no Norte Fluminense. A unidade de conservação tem como um de seus objetivos assegurar a preservação de parte de um dos mais ricos e bem preservados remanescentes de vegetação de restinga do Estado do Rio.

A observação é significativa para a biogeografia de aves neárticas no Brasil, indicando a necessidade de mais estudos sobre sua migração e presença em regiões tropicais, ressaltando o PELAG como uma área relevante para as aves migratórias no Brasil.