CCJ da Alerj aprova indicação de Pampolha como conselheiro do TCE

CCJ da Alerj aprova indicação de Pampolha como conselheiro do TCE

Plenário ainda vai votar Mensagem do Executivo que beneficia vice-governador

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj, aprovou nesta terça-feira (20), por unanimidade e em votação simbólica, a indicação do nome de Thiago Pampolha para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A reunião foi comandada pelo deputado Rodrigo Amorim (União), que preside a CCJ, e contou com a participação dos parlamentares Luiz Paulo (PSD), Célia Jordão (PL), Chico Machado (SDD), Fred Pacheco (PMN) e Élika Takimoto (PT), que são integrantes efetivos do colegiado.

O decano deputado Luiz Paulo foi o único que discutiu a indicação de Pampolha. Ele falou que no mérito a proposta é legal, citando os artigos da Constituição Federal e Estadual, além do Regimento Interno. Também chamou a atenção que não é necessário nível superior para assumir o cargo, mas sim 10 anos de exercício profissional que exija conhecimentos jurídicos, contábeis, financeiros e econômicos. “E o indicado se enquadra dentro de todas essas prerrogativas”, disse.

Ineditismo da CCJ

O procurador Robson Maciel Jr. destacou que pela primeira vez a CCJ da Casa se manifesta sobre uma indicação a conselheiro do TCE. Até então, o entendimento da Mesa Diretora era de que a análise do nome indicado precisaria passar apenas pela Comissão de Normas Internas e Proposições Externas. Agora, esse tipo de matéria tem de ser submetida às duas comissões, segundo entendimento da atual gestão.

“Essa nova interpretação é muito relevante para a Casa. O objetivo é dar ainda mais segurança jurídica tanto para o processo de escolha que tramita internamente, quanto para o candidato que concorre à vaga. Passar essa indicação pela CCJ significa afastar qualquer dúvida sobre a legalidade da proposição do nome e, acima de tudo, trazer transparência para todos os requisitos impostos para a ocupação da vaga”, comentou Robson Maciel.

Por sua vez, Amorim ponderou que pelo Regimento Interno da Alerj (parágrafo 1º do Artigo 26), a CCJ tem a prerrogativa de deliberar sobre todo e qualquer assunto. Não só interno da Assembleia, mas também referente a assuntos ligados a outras instituições, dentre elas o Tribunal de Contas. “Na análise formal está tudo correto, a vaga tinha que ser indicada pelo Poder Executivo, pois a vacância é de vaga proveniente de indicação realizada em 1998. Em razão da aposentadoria compulsória, agora há a substituição do conselheiro José Maurício Nolasco”, explicou.

Rito

Ainda estava prevista para esta terça-feira, à tarde, a sabatina de Pampolha pela Comissão de Normas Internas e Proposições Externas, também presidida pelo deputado Amorim. No caso de a indicação também ser aprovada por esse colegiado, a Mensagem do Executivo com essa proposição terá de ser votada pelos parlamentares em plenário, por meio de votação aberta e sendo necessária maioria simples para aprovação.