Após reunião em Niterói, prefeitos anunciam ação coletiva contra a Enel

Após reunião em Niterói, prefeitos anunciam ação coletiva contra a Enel

Também foi acordado uma manifestação de repúdio junto a ANEEL e Ministério das Minas e Energia

A Enel foi pauta de uma reunião com a participação de vários prefeitos de cidades do estado do Rio de Janeiro, no Teatro Municipal, em Niterói, nesta segunda-feira (27). Em comum, eles reclamaram dos seguidos apagões que tem afetados municípios fluminenses há pelos menos duas semanas e da falta de solução por parte da concessionária de energia elétrica. Ficou acordado uma ação coletiva contra a empresa e uma manifestação de repúdio junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Ministério de Minas e Energia.

“Nós temos já há muito tempo verificados a dificuldade de relacionamento com a empresa, que tem deixado a desejar em vários serviços, desde a questão da poda de árvore e também em relação ao aterramento, que é uma grande prioridade aqui em Niterói. E isso tem gerado uma série de prejuízos para as famílias, para o comércio, para as atividades da cidade. Enfim, uma série de dificuldades que a gente conviveu e que se a gente tivesse cumprido a legislação de 2014 para o aterramento da fiação nada disso teria acontecido”, reclamou o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT).

“Temos que dar uma basta nessa situação da Enel, não vamos mais aceitar esse desrespeito” afirmou o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania). “Todos nós sabemos o que temos passado com a Enel, temos sido muito penalizados”, reclamou a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (sem partido).

De acordo com o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Max Lemos (PDT), a Enel também vem apresentando problemas semelhantes em Goiás e no Ceará. “Todo mundo sabe que a Enel já foi expulsa de Goiás. No Ceará, o problema é sério e no Rio de Janeiro não é diferente. Por isso iniciamos o movimento” disse o parlamentar.

Uma das preocupações de prefeitos de municípios que tem o turismo como uma das principais atividades econômicas é a proximidade da temporada de verão, é o caso, por exemplo, de Cabo Frio, Búzios, Saquarema e outras cidades. Segundo eles, é nos meses de janeiro e fevereiro que a situação dos picos de energia piora, o que acaba prejudicando o turismo.

Foto O São Gonçalo