Índice de confiança do industrial fluminense avança no início do quarto trimestre
Segundo a Firjan, o resultado também supera o de outubro do ano passado
O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ) – composto pelos indicadores de Condições Atuais e Expectativas – passou de 50,7 pontos em julho para 52,3 pontos em outubro. O resultado do início do quarto trimestre também supera o índice de outubro do ano passado (51,1 pontos) e fica acima da média histórica (51,8 pontos).
A pesquisa, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), varia de 0 a 100 pontos e os valores acima de 50 indicam otimismo. Quanto maior o índice acima de 50 pontos mais disseminada é a confiança entre os empresários.
O indicador de Condições Atuais da pesquisa registrou 47,2 pontos. Apesar de estar abaixo dos 50, avançou em todas as bases de comparação e está acima de sua média histórica (44,4 pontos). O maior destaque nesse indicador foi a avaliação das condições da economia brasileira, que passou de 36,4 em julho para 44,2 pontos em outubro. Também houve melhora na avaliação da economia fluminense, que ficou com 43,5 pontos, e do desempenho das empresas, registrando 48,9 pontos.
Já o indicador de Expectativas para os próximos meses atingiu 54,9 pontos. A expectativa com relação ao desempenho da própria empresa recuou, de 58,8 em julho para 57,8 pontos em outubro, mas esse continua sendo o único componente do Icei-RJ acima da linha dos 50 pontos. As avaliações sobre a economia brasileira e a economia fluminense melhoraram. Com isso, a percepção relacionada ao estado se aproximou do patamar do otimismo, com 49,9 pontos.
A Firjan destaca que os resultados da pesquisa em outubro trazem boas notícias, mas também levantam sinais de alerta para a indústria fluminense. “Por um lado, a percepção com relação à economia brasileira e do estado está menos negativa, refletindo condições atuais mais favoráveis para as indústrias locais. Por outro lado, as expectativas quanto ao desempenho das empresas, que têm sustentado a confiança industrial nos últimos meses, mostraram acomodação”.
De acordo com a federação, “em um contexto de alta nas taxas de juros e incertezas em relação à política fiscal, agravadas por desafios emergentes, como a escassez de trabalhadores qualificados, esse movimento indica que as empresas começam a antever um cenário menos positivo para seus setores”.