Ficou para novembro apreciação de relatório de distribuição dos royalties pelo TCU

Ficou para novembro apreciação de relatório de distribuição dos royalties pelo TCU

Confederação Nacional dos Municípios defende uma “distribuição mais justa” do recurso do petróleo

O Tribunal de Contas da União (TCU) remarcou para o dia 6 de novembro a análise sobre os critérios de distribuição dos royalties do petróleo. O adiamento ocorreu após um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo Filho na tarde desta quarta-feira, 18 de setembro. A solicitação feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) à Corte de Contas é de que seja mantida a Lei 12.734/2012, sob impasse há mais de uma década, e firmar um acordo federativo para solucionar a questão da distribuição aos Entes locais.

O pedido de vista foi anunciado pelo ministro Vital do Rêgo no dia anterior, em reunião com a Confederação e após ver os dados técnicos apresentados pela entidade. Ao pedir mais prazo para analisar a matéria, o ministro Vital do Rêgo Filho lembrou que atuou no Congresso pela aprovação da Lei 12.734/2012. “Tenho por esse assunto uma história que muito me honra. Eu, senador à época, fui o relator da distribuição de royalties de petróleo”, disse durante a sessão no TCU. Na avaliação da Confederação, o adiamento pode significar uma oportunidade para que a distribuição mais justa dos royalties de petróleo entre de vez no debate no Judiciário.

A espera pela definição já ultrapassou uma década e tem sido pauta em várias mobilizações municipalistas e em edições da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. A Confederação solicita que seja feito um acordo federativo para solucionar a questão e pede celeridade na apreciação da matéria. Um dos temores da Confederação é de que o relatório recomende a criação de uma nova legislação.

Isso tem gerado grande preocupação diante do tempo em que a questão se arrasta e do receio de retomar o debate do zero, mesmo havendo uma lei legitimamente aprovada pelo Congresso Nacional. O TCU deferiu o pedido de sustentação oral da Confederação e vai ocorrer na sessão de novembro. A entidade também foi admitida pela Corte como amicus curiae no processo.

Encontro com ministros

A demanda foi amplamente intensificada em recentes visitas da Confederação aos ministros do TCU. Em todos os contatos, a entidade entregou levantamento com os dados que mostram valores que os Municípios deixaram de receber com a indefinição. O consultor jurídico Ricardo Hermany e o coordenador técnico da CNM Vinicius Almeida acompanharam a sessão do TCU desta quarta-feira.

*Fonte site da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)