Mais de 2 mil acidentes com motos registrados neste ano no HFM, em Campos

Mais de 2 mil acidentes com motos registrados neste ano no HFM, em Campos

Maio de 2024 foi o mês mais crítico

O crescente número de acidentes motociclísticos na região em 2024 tem chamado a atenção das autoridades de saúde de Campos. Até a última quinta-feira (5), o Hospital Ferreira Machado (HFM) registrou 2.242 atendimentos a vítimas de acidentes envolvendo motocicletas, representando um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.973 atendimentos.

O mês de maio de 2024 foi o mais crítico, com 340 ocorrências, enquanto no mesmo mês de 2023 foram registrados 249 atendimentos, mostrando um crescimento significativo. Outros meses, como janeiro e março, também apresentaram alta, comparados aos mesmos meses de 2023. Em 2023, o HFM atendeu 221 casos em janeiro e 294 em março, enquanto em 2024 esses números foram superados, totalizando 274 e 338, respectivamente.

Além do aumento nos acidentes motociclísticos, o HFM viu sua média mensal de atendimentos gerais subir de 6 mil em 2023 para 7 mil em 2024. A unidade, gerenciada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), conta com uma equipe de aproximadamente 1.700 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas, reforçando seu papel como principal referência em urgência e emergência para toda a região.

O diretor do pronto-socorro do HFM, Hugo Calomeni, aponta que o aumento nos acidentes está diretamente relacionado à falta de cuidado nas estradas. “Grande parte dos casos que atendemos envolve situações evitáveis, como desvio de obstáculos e falta de atenção. É essencial que os motociclistas redobrem os cuidados, para que possamos reverter esse cenário. Estamos sempre prontos para atender, mas a prevenção é a melhor forma de salvar vidas”, destacou.

Entre os atendimentos recentes está o caso de Giovane de Assis, motorista rodoviário de 45 anos, que sofreu um acidente na BR 356 ao tentar desviar de uma capivara.

“Eu acabei perdendo o controle e caí. Fraturei o braço, as duas pernas e tive uma lesão no crânio. Graças ao capacete e aos equipamentos de proteção, consegui evitar algo mais grave. Em relação ao atendimento no Hospital Ferreira Machado está tudo certo. A equipe cuidou de tudo, desde a alimentação até os procedimentos médicos”, relatou Giovane, que já passou por uma cirurgia e se prepara para outras duas.