Galpões para estocagem de grãos inaugurado no Porto do Açu
Grupo Minas Port investiu R$ 104 milhões
O Porto do Açu, em São João da Barra, inaugurou, na última quarta-feira (7), dois galpões que irão armazenar grãos, como soja e milho, atendendo à demanda do agronegócio. A área é de propriedade do grupo Minas Port, que investiu R$ 104 milhões em recursos próprios,e a capacidade de estocar é de 70 mil toneladas. O contrato entre o Porto do Açu e a Minas Port é de 20 anos.
Antes, o Porto do Açu fazia a movimentação de cargas de grãos por meio de subsidiárias da Prumo Logística, controladora do complexo, instaladas no local. De acordo com a Prumo, a destinação de galpões específicos para grãos trará mais eficiência às operações.
“Finalmente o Estado do Rio entra no mapa do agro”, observou o presidente da Prumo, Rogério Zampronha.
Já o presidente do Porto do Açu, Eugenio Figueiredo, afirmou que esperava que a unidade só aumentaria a atuação em grãos quando houvesse uma ferrovia, mas provou o contrário: “Esses galpões são o primeiro passo para ampliarmos os clientes do agronegócio” avalia ele.
A logística de distribuição do porto é feita por rodovias, mas a companhia trabalha para a construção de uma ferrovia no local. Segundo Figueiredo, o Porto do Açu planeja construir uma unidade que opere só navios de grãos, já que os novos galpões são uma expansão do terminal multicargas.
A empresa quer ampliar esse terminal até o fim de 2024 com o objetivo de elevar a capacidade de movimentações. No ano passado, o terminal multicargas movimentou 2,1 milhões de toneladas.
O plano do Açu é alcançar 5 milhões de toneladas com o aumento de capacidade, que irá possibilitar operações simultâneas de dois navios. Os armazéns inaugurados também irão movimentar cargas de carvão mineral e gesso e prestar serviço de armazenagem a clientes do setor agrícola.
O grupo Minas Port fará a distribuição de adubos e carvão mineral, sobretudo para Minas Gerais e Goiás. O presidente do grupo Minas Port, Marcelo Marra, disse que a vantagem do Porto do Açu em relação a portos é que os clientes terão uma janela de atracação para reduzir os custos dos navios, evitando filas de espera.
“Os caminhões chegam ao Açu com os grãos e voltam para onde o cliente contratou com alguma carga, que pode ser de fertilizantes. Isso reduz o custo para o contratante em cerca de 20%”, afirmou Marra.
Para 2025, a Minas Port anunciou a instalação de misturadora de fertilizantes no Açu, com investimento de R$ 200 milhões que, segundo ele, encurtaria o processo. “Hoje, a matéria-prima que chega pelos portos precisa seguir para uma fábrica. Com a possibilidade do Açu sendo um porto-indústria, vamos unir as etapas e dar eficiência”, concluiu.
Com informações do portal Globo Rural