Produção industrial do Rio de Janeiro cai quase 2% em agosto, aponta Nuperj

Produção industrial do Rio de Janeiro cai quase 2% em agosto, aponta Nuperj

Pior desempenho foi o do setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de 14,9%

A produção industrial fluminense caiu 1,9% em agosto último na comparação com julho, informa o Núcleo de Estudos Econômicos do Estado do Rio de Janeiro (Nuperj). Em relação ao mesmo mês de 2024 foi registrado um crescimento de 6,1% e um aumento de 4,0% no acumulado do ano. A indústria extrativa cresceu 13,0% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, acumulando crescimento de 7,3% no ano. Já a indústria de transformação caiu 0,9% no mesmo mês, com crescimento de 0,5% no ano.

Os setores que se destacaram com contribuição positiva em agosto, com base no mesmo mês do ano anterior, foram: fabricação de máquinas e equipamentos com crescimento de 42,2%; fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores com crescimento de 27,7%; fabricação de veículos automotores, e reboques e carrocerias, com crescimento de 6,5%.

Desempenho positivo também na fabricação de produtos alimentícios com crescimento de 3,6%; fabricação de produtos de minerais não metálicos com crescimento de 2,9%; confecção de artigos do vestuário e acessórios com crescimento de 1,8%; fabricação de produtos de borracha e de material plástico com crescimento de 1,3% e fabricação de produtos químicos com crescimento de 0,5% no período.

Desempenho negativo

Os setores que tiveram contribuição negativa foram: fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de 14,9%; fabricação de bebidas com queda de 9,2%; fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos com queda de 8,8%; metalurgia com queda de 6,4%; fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis com queda de 1,4% e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos com queda de 0,5% no período.

Petróleo

Na produção de petróleo, já em setembro, o estado produziu 129,5 milhões de barris de óleo equivalente (boe), 2,7% a menos na comparação com agosto e maior 13,1% em relação a setembro de 2024. A modalidade pré-sal tem papel fundamental na evolução da produção no estado em função da proximidade dos municípios de Maricá, Saquarema e Niterói com a Bacia de Santos. Segundo dados da ANP, a produção do pós-sal em setembro de 2025, no país, somou 700 mil barris por dia (Mboe/dia), enquanto o pré-sal chegou a 4.143 mil bpd, ou seja, a relação com a produção total no país é de 81,0% no présal e 13,7% no pós-sal.

Royalties

O total de royalties de petróleo recebido pelos municípios fluminenses somou R$1.431.499.662,79 em setembro (excluídas parcelas de participações especiais), acumulando R$12.200.969.750,69 em 2025. Desses totais, as parcelas equivalentes a 29,00% no mês e 28,87% no acumulado, são provenientes da participação relativa dos municípios produtores da Bacia de Campos em relação ao estado. Já em relação às rendas distribuídas aos municípios no país, o estado apresentou participação relativa de 76,33% no mês e 76,21% no acumulado do ano.