Macaé Energy 2025 destaca protagonismo do Brasil na produção energética

Macaé Energy 2025 destaca protagonismo do Brasil na produção energética

Evento será encerrado nesta quinta-feira

O segundo dia do Macaé Energia 2025 reafirmou o papel estratégico do Brasil na matriz energética global. Com público expressivo e participação de grandes nomes do mercado, o evento, realizado pela Firjan, Rede Petro-BC e Prefeitura de Macaé, já anunciou a edição de 2026, impulsionada pelo sucesso das duas primeiras.

A programação do dia começou com Celso Matos, vice-presidente da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa), e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Rodrigo Vianna pontuando o momento do mercado de óleo e gás. De acordo com o secretário, a edição 2026 está programada para o mês de março, no Centro de Convenções do Jornalista Roberto Marinho.

A palestra de abertura reuniu Marcio Félix, Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Francisco Bulhões (PRIO) e Heloísa Borges, Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Félix destacou que “a maior produção de petróleo mundial ocorre justamente neste ano. Precisamos estar atentos e preparados para esse cenário, com o Rio de Janeiro assumindo papel de liderança”.
Heloísa Borges lembrou que o Brasil é referência internacional em planejamento energético:

“Acompanhamos de perto o desenvolvimento dos campos maduros. A Bacia de Campos é a mais madura das bacias offshore do país, e o desafio é transformar o potencial em ação. Temos estudos e dados que embasam políticas públicas – poucos países possuem esse nível de estrutura. Além disso, enquanto o mundo tem, em média, 14% de energia renovável em sua matriz, o Brasil já alcança 48%”, destacou a diretora da EPE.

Já no painel sobre Campos Maduros, reuniram representantes de empresas como Perenco, PRIO, BW Energy e Petrobras. Os participantes incentivaram a importância de estratégias que além de eficiência, sustentabilidade e inclusão social nas áreas de produção em declínio.

Em sua participação na Macaé Energy, o Gerente Geral da Bacia de Campos da Petrobras, Alex Murtera Célem, antecipou movimentos da empresa: “A partir de 2025, serão mais de 200 poços, com 100 novos e outros 100 remanejados. Em 2029, 32% da produção da Bacia de Campos virá do pré-sal”, destacou.

Na parte da tarde, o evento trouxe debates fundamentais para uma cadeia produtiva. Dentre os destaques, está o painel sobre requisitos e compras, com contribuições da Petrobras, SBM, TBG e SEMAPI, parte do programa Rede de Oportunidades para Fornecedores: óleo e gás, energias e naval, da Firjan. Ainda dentro do programa, a dinâmica de mesas tira-dúvidas com fornecedores e representantes de compras das operadoras, fortalecendo o diálogo entre empresas, ocorreu simultaneamente aos painéis de conteúdo na plenária.

O mercado de gás natural foi abordado em painel com a participação de especialistas da Naturgy, Petrobras, Comitê Nacional do GNV e ATGás. Os caminhos da regulação no mercado de gás também foram tema durante outro painel com a presença de representantes do IBP, AGENERSA, SG Advogados e a Firjan.

O Macaé Energia 2025 segue até esta quinta-feira (7), com novos debates sobre inovação, descomissionamento e a Bacia de Campos, além do Programa Rede de Oportunidades.